sábado, 25 de agosto de 2007

A história do violino



História do Violino
O violino descende de antigos instrumentos orientais - o Nefer egípcio, o Ravanastron da India, o Rebab árabe, o R'Jenn Sien dos chineses e mesmo da antiga Lira dos gregos. Por volta do século X surgiram as primitivas violas: primeiro a Viéle de rota utilizada pelos peregrinos em Savoia; depois, progressivamente, a família das Violas que foram atravessando a Idade Média e a Renascença dando origem às Viole "da braccio" e as "da gamba", conforme eram seguradas entre os braços e ombros ou entre os joelhos respectivamente. Mais tarde esses instrumentos foram adaptados às diversas necessidades de expressão e acústica, levando os fabricantes e os compositores a pesquisarem novas formas e modalidades de instrumentos. A partir da renascença, até o Século XVIII, a genialidade dos "luthiers"(fabricantes de alaúdes - luth - e por extensão aos demais instrumentos de corda) esteve intimamente associada à genialidade dos maiores compositores de suas épocas e às descobertas técnicas dos instrumentistas na criação do violino, hoje considerado O Rei dos Instrumentos. A Viola d'Amore, por exemplo, foi utilizada por J.S.Bach na Paixão Segundo S. Mateus e o próprio Bach inventou a Viola Pomposa com 5 cordas para a qual compôs uma das 6 suites hoje executada no violoncelo. Gaspar Duiffopruggar, da Bavária, é considerado o primeiro fabricante de violinos, por volta de 1500, de acordo com a actual concepção que temos do instrumento. Em seguida surgiu, na Itália a Escola de Brescia, fundada por Girolamo Virchi(1548) e Pellegrino da Montichiari(1560). Ao mesmo tempo a construção de instrumentos de arco ia-se transferindo para outra cidade italiana, Cremona, com a família Amati(1545), culminando no gênio de Antonio Stradivari("Stradivarius" em latim) que viveu da última metade do Século XVII até os primeiros 40 anos do Século XVIII. Stradivarius e Guarnierius (Guarnieri del Gesú) legaram ao mundo os violinos mais perfeitos, tanto do ponto de vista acústico quanto no que se refere à beleza plástica. (formas, vernizes, decoração, etc.)
Instrumentos mais poderosos
Os fabricantes de violino não queriam apenas fazer violinos que parecessem bonitos, mas que também soassem bem. Era importante que o timbre fosse suficientemente forte para manter-se. Para isso o cavalete do violino ficou mais alto e o ponto ou espelho foi alongado. Assim, passaram a ser usadas cordas mais longas e mais esticadas, produzindo assim um timbre mais forte.
Os violinos Amati são tocados ainda hoje, mas nem sua beleza nem a qualidade do som se equiparam às dos instrumentos construídos por um outro italiano, que começou sua carreira na oficina de Amati - Antonio Stradivari, conhecido como Stradivarius.
Antonio Stradivari (1644 - 1737)
Stradivari fez um violino mais comprido, reforçou o corpo e alargou os ff (aberturas de som), enriquecendo assim o timbre. Deu a cada pequeno detalhe um toque de refinamento, o que fez com que seu trabalho fosse reverenciado em toda a Europa.
Stradivari fez os seus melhores instrumentos por volta de 1700 - 1724, seu período áureo. Actualmente, ainda existem cerca de seiscentos violinos de sua autoria. Hoje em dia, os Stradivarius são tocados pelos melhores violinistas do mundo. Frequentemente levam o mesmo nome de seus antigos donos - como o "Sarasate", baptizado com o nome do famoso violinista espanhol.
Melhores cordas de violino
As primeiras cordas de violino eram cordões especiais feitos de tripas de carneiro enroladas. Embora isso fosse satisfatório para as duas cordas mais agudas, a tripa produzia um som muito inferior quando usada para as mais graves. Depois de 1690, foi descoberta uma nova técnica, que consistia em enrolar uma tripa comum com um delicado fio metálico, o que resultou numa corda mais forte, com um som muito mais estável.

Fonte: http://esdjccg.prof2000.pt/a/101/Violinos.htm

8 comentários:

Paula disse...

Gente! dêem uma olhada no vídeo www.youtube.com/watch?v=8ZCq42RbEUM&mode=related&search=
é um absurdo o que fizeram com Villa-Lobos! uma vergonha!!! mostrou bem o que o Brasil é: sem nenhuma cultura de verdade! um dos comentários feitos lá: Se villa-lobos estivesse vivo dessa ele morreria...

Giordana disse...

Paulinha! Não seja tão conservadora!! Sabe que Villa-Lobos foi um dos maiores pesquisadores da cultura brasileira! Trouxe para a música erudita a valorização do nosso folclore, das nossas tradições. Foi nacionalista. E nada mais brasileiro do que o Samba. Eu gostei! E tem outras orquestras fazendo este tipo de "parceria" entre música erudita e popular.Com grandes maestros!
Beijinho!!

Paula disse...

ahh mas essa música não... ela é perfeita do jeito que o villa-lobos fez! com violoncello... ele podia ter feito com outra música que eu não gostasse tanto...

Paula disse...

Bom, vamos pensar positivo... já imaginou se tivessem feito um funk?? aí daria pra chorar!

Rodrigo Cavalcante disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rodrigo Cavalcante disse...

Villa Lobos foi um dos poucos compositores da música erudita que teve a humildade de ir ao suburbio buscar inspiração e aprendizado para sua obra e o samba o choro representa muito bem isso...achei a iniciativa dessa versão uma homenagem justa a villa lobos e não uma tentativa de mudar sua obra,.....além do mas está bem feita com bom gosto e musicalidade, afinal estamos falando de jorge aragão e não de um pagodeirinho mela cueca qualquer....preciisamos ver nossa cultura com outros olhos

Paula disse...

tá loco! pensei que vc ia me apoiar Rodrigo! mas ainda tenho esperança que o Adriano se manifeste a meu favor

Paula disse...

Pra matar a saudade do festival: Vejam o vídeo www.youtube.com/watch?v=KusVEXCEJNE
e se divirtam!!