domingo, 28 de outubro de 2007

Verifique seu perfil de músico e veja se concorda com ele!!!

O ESTEREÓTIPO DE CADA MUSICISTA

Maestro - Sujeito magro, porte austero. Veste-se muito bem, adoraria usar roupas mais confortáveis, mas a imagem não permite. Oculos é obrigatório. Careca (ou quase). Um cara normalmente chato, aquele que só é convidado para o "choppinho de depois do concerto" por obrigação. Olha a todos de cima, mas adoraria ser popular. Suas piadas não têm graça nenhuma, mas todos riem. Em suma, é o idolo do violinista, mas, no fundo
no fundo, admira o trompetista. Carro preto ou prateado do ano.

Oboísta - Todo oboísta queria ser maestro, mas a timidez o impede. Sempre muito reservado, necessita ter tudo sob controle. Perfeccionista por natureza.
Dedos finos e cabelo sempre bem alinhado. Fica sempre meia hora depois do ensaio, limpando o instrumento. Vai à manicure, mas é segredo! Seu momento de glória é dar o Lá para afinar a orquestra.

Violinista - Alto, sempre com um pinta de importante. Adoraria ser maestro, mas acha uma posição muito inferior ao seu talento. Considera-se o mais importante da orquestra e tudo que diz reforça essa tese. Antes do ensaio, toca sempre partes do concerto de Brahms, para impressionar os outros violinistas. Quando o maestro chama a atenção de outro naipe, o violinista sempre dá um sorriso sarcástico, quase
imperceptível. Sai de cada ensaio com o orgulho de "dever cumprido" e vai para casa - um apartamento minúsculo -, onde uma foto da mãe está acima do espelho gigante na sala.

Violoncelista - É um cara legal. Um amigo para toda hora, mas muito fofoqueiro. Sabe da vida de todos da orquestra. Adora tocar solos de violino nos harmonicos só para irritar os violinistas. Loiro, o cellista é mais charmoso do que bonito. Acha-se um
privilegiado por não ter que levantar no final do concerto e é vaidoso.

Violista - É o coitado da orquestra. Introvertido, olhar triste. O maestro nunca lhe
chama a atenção: afinal a parte a viola não tem importância mesmo. Começou na música com sonhos ambiciosos de ser um violinista de sucesso, mas por falta de talento ou estudo trocou para a viola e, desde então, é um frustrado. Juntamente com o pianista
acompanhador, é um suicida em potencial, mas sem coragem para o ato. Carrega sempre o estojo surrado com a viola e sempre responde com um sorriso amarelo a pergunta "você toca violino?". Um segredo: todo violista tem um bom coração, mas ninguém percebe.

Contrabaixista - Baixinho e temperamental. Escolheu o contrabaixo para "impor respeito", mas o tiro saiu pela culatra. Estuda somente nos ensaios, a não ser que tenha que tocar uma peça barroca, onde é o único a tocar o baixo. Acha-se importante por sustentar toda a orquestra, mas na verdade sabe que ninguém o ouve. Sempre com camisa branca e cabelo curto. Toca baixo elétrico secretamente.

Violonista - O melhor amigo de todo mundo. Companhia perfeita para o choppinho da tarde. Rabo de cavalo e óculos escuros são pré-requisitos. Relaxado e "eclético", mas odeia ser chamado de guitarrista. Tem vários amigos e várias namoradas. Jura que toca
um instrumento clássico, mas não hesita em aceitar fazer "cachê" em barzinho de bossa nova. Passat velho ou bicicleta.

Pianista acompanhador - Olhar cabisbaixo, terno preto e surrado. Cabelos castanhos e despenteados. Carrega sempre uma pastinha com partituras. Odeia cantores, afinal "Não sabem contar". Autoestima em baixa, é um suicida em potencial. Jura que nunca mais
vai aceitar tocar "em cima da hora", mas sempre aceita uma emergência. Vive com a esperança de que alguém finalmente reconheça seu trabalho duro - o que nunca
acontece.

Pianista solista - Cabelo preto e curto. Sempre ocupado porque precisa "estudar". Nunca vai a festas, e, quando aparece, vem sozinho e sai mais cedo. Quando olhamos em seus olhos, nunca sabemos o que está se passando pela sua cabeça. Tem um papo agradável, mas é um alienado em relação a assuntos extra-musicais. Adora comparar gravações de outros pianistas. Tem sempre uma ou duas cantoras apaixonadas por ele, mas está sempre muito ocupado para relacionamentos. Admirado pelos violinistas, acha tocar música de câmara uma perda de tempo.

Organista - Cabelos completamente desalinhados, barba por fazer. Sempre correndo de um lado a outro carragando dezenas de partituras fora de ordem. Vive num mundo à parte. Óculos somente para leitura. Roupas amassadas e surradas. Um desavisado diria que é um professor de química ou um gênio incompreendido. Odeia pianistas. Solitário, mas fala pelos cotovelos, quando o assunto é dedilhado ou afinação da Renascenca.
"Deus é Buxtehude, Bach já foi prostituído pelos pianistas."

Harpista - Mulher, magra, e bem branca, com cabelos desalinhados. Muito tímida, nunca é vista entrando ou saindo dos ensaios, mas está sempre lá. Usa sempre vestidos compridos e meio "fora de moda", mas tem um sorriso simpático. Seu carro tem vários
adesivos com harpas por todo lado. Adora chat rooms. Ninguém conhece seu namorado, mas ele está sempre por perto para colocar a harpa no carro depois do concerto.

Trombonista - Cabelo castanho e um pouco acima do peso. Sempre com uma piada na ponta da língua, o trombonista adora churrasco e a companhia de amigos. Adora Mahler, acha Beethoven meio devagar e morre de medo do Bolero de Ravel. Tem pelo menos um cachorro
em casa e sempre que pode coloca um glissando só pra "dar um toque especial".

Trompetista - Adora sair para tomar cerveja com os amigos. Chega sempre atrasado no ensaio, mas nunca ninguém percebe. Os churrascos são sempre na sua casa. Se o maestro não está presente, fica sempre tocando a nota mais aguda possível para se mostrar. Tem os lábios rachados e usa isso para paquerar. Está sempre andando pelos bastidores fazendo "prrrrrrrrrft" com seu bocal.

Soprano - Gorda e metida não são adjetivos educados para se caracterizar uma soprano. Elas são avantajadas fisicamente e temperamentais. Têm que ser o centro das atenções - no palco e fora do palco. São invejadas pelas contraltos e adoram isso. São amantes
excelentes, péssimas esposas. Se vestem com roupas chamativas, adoram chapéus. Preferem champagne ao vinho e não sabem ler partitura: afinal aprendem tudo com o "ouvido maravilhosos que Deus lhe deu". Andam sempre acompanhadas de seu pianista-acompanhador preferido, que chamam de "maestro".

Tenor - Bem apessoado, jovem, bonito, charmoso e gay. Anda sempre com roupas modernas e na moda. Tem várias amigas e quer sempre "viver o momento". Tenta sempre parecer alegre e de bem com a vida, mas, se está de mau humor, faz questão de anunciar para todo mundo. Não toma sorvete, porque tem que "preservar a voz", mas fala sempre alto para ser ouvido do outro lado do bar. Malha regularmente, vai ao cabeleireiro e
flerta com quem passar na frente.

Contralto - Morena e muito alta. Não é muito bonita, mas se veste bem. Não gosta de sopranos, mas sua "melhor amiga" é uma. Gosta muito de flores e usa um perfume forte, mas agradável. Meio desajeitada quando anda. Odeia saladas, mas está sempre cuidando
do peso.

Baixo - Alto, cabelo preto e parrudo. Ninguém sabe o que está se passando na cabeça de um baixo - se é que alguma coisa existe atrás daquele olhar perdido. Meio devagar, para falar a verdade. Quer sempre ajudar o próximo, mesmo que isso atrapalhe sua vida pessoal. Suas meias nunca combinam, mas adora fazer papel de "vilão bem vestido" nas óperas. Come de boca aberta.

Fagotista - Magro, cabelo encaracolado. É o típico sujeito normal. Curioso por natureza. Sempre simpático e atencioso. Também é muito misterioso: nunca ninguém foi à casa de um fagotista. Somente os outros sopros sabe o nome dele. Dedos longos e
mãos finas. Lembra Sherlock Holmes no jeito de andar.

Tubista - Sujeito acima do peso, loiro e com cabelo encaracolado. Pele oleosa e bochechas vermelhas, sua feito um porco quando toca. Ri de tudo, mas raramente entende uma piada. Gosta de comer bastante e não tem namorada.

Flautista - É o violinista das madeiras, mas não tão metido. É perfeccionista, mas sabe que o mundo não é perfeito. Adora Debussy e fica horas ouvindo suas proprias gravações. Enxerido, dá palpite até no dedilhado do trompista. Vive num mundo à parte
e cuida da flauta como se fosse sua filha. É o único que não acha o som do piccolo irritante.

Clarinetista - É um cara engracado. Veste-se bem, mas não é vaidoso. Pode ser loiro ou moreno. Toca com as sobrancelhas e é mais esperto do que inteligente. Adora ficar chupando a palheta enquanto não toca, mas, se desafina, joga a palheta fora. Não
agüenta mais tocar o início da Rapsody in Blue para os outros músicos atrás do palco.

Percussionista - Magro com bracos longos, o percurssionista se gaba de tocar "mais de 20 instrumentos diferentes" e "tirar música de qualquer lugar", mas, por alguma razão incompreensível, sempre entra na hora errada - "culpa da orquestra que está arrastando o tempo" ele diz. Toca bateria numa banda de garagem escondido e acha o Bolero de Ravel um saco, mas sempre fica nervoso antes de apresentá-lo. Nos ensaios é sempre o primeiro a ir para casa e nos concertos sempre o último e ainda fica resmungando por
ter que "desmontar" o "equipamento". Um cara legal que acha qualquer sinfonia clássica "cachê fácil" e jura que existe uma técnica especial de se tocar triângulo.

Trompista - Um cara discreto. Não fala muito. Tem trauma de falhar notas, por isso está sempre desmontando o instrumento para tirar a "água" durante o concerto. A parte do palco em volta da sua cadeira está sempre molhada. É sempre o último a afinar o
instrumento antes do maestro entrar e, de vez em quando, ainda toca um "Fazinho" durante os aplausos só para conferir. Está sempre olhando para o fagotista para saber a hora certa de entrar: afinal não consegue contar mais de 20 compassos em branco. Nunca reclama quando lhe chamam a atenção, mas é quase certo que faz gestos obcenos com a mão que está escondida no instrumento. Tem pesadelos antes de apresentações com
o concerto para piano de Tchaikowsky.

por Bernardo Scarambone

sábado, 20 de outubro de 2007

Piadas de Violista

Qual a diferença entre um violista da primeira estante e o da última estante?
- Meio tom.

Você sabe como foi inventado o cânone ?
- Pedindo para dois violistas tocaram a mesma música juntos.

Qual o alcance de uma viola?
Uns 30 metros, se você tiver força.

sábado, 6 de outubro de 2007

Violoncelo


História do Violoncelo
O violoncelo, também conhecido como cello, é o segundo maior instrumento musical da família dos instrumentos de corda. Possui quatro cordas e se diferencia dos outros instrumentos pelo tamanho grande, fazendo com que tenha que se apoiar ao chão, por meio do espigão uma haste de metal em sua extremidade.

A primeira citação sobre o violoncelo foi numa coleção de sonatas italianas anônimas, datada de 1665. Seu antecedente é a viola de gamba, ou viola-de-perna. O instrumento possui a sonoridade mais grave no quarteto de instrumentos de corda. Tornou-se popular como instrumento solista nos séculos XVII e XVIII.

A característica padrão do instrumento foi estabelecida por Stradivarius, em 1680. A partir dos "Concertos Espirituais", de Bocherini, o violoncelo passou a ser tratado como solista, e não somente como um instrumento para compor o naipe de cordas.

Para tocá-lo, o músico deve estar sentado, com o instrumento entre os joelhos. As quatro cordas são afinadas em Dó, Sol, Ré e Lá, como na viola, mas com uma oitava mais grave. As composições para violoncelo são escritas fundamentalmente em clave de Fá na quarta linha. O alcance do violoncelo é de duas oitavas abaixo do dó médio.

Sua sonoridade é considerada bastante expressiva, sendo conhecido como o "rei" dos instrumentos de cordas. Entretanto, seu uso está mais presente na música erudita. As grandes orquestras utilizam entre 8 e 12 instrumentistas de violoncelo no naipe.

O violoncelo que hoje conhecemos teve origem no esplendor musical do Século XVI na Itália, em um processo evolutivo da família das cordas. Embora isso, o violoncelo foi usado principalmente como instrumento acompanhante até o século XVIII, quando passou a ser importante como instrumento solista e no quarteto de cordas.

No entanto encontramos na antiguidade instrumentos que até podem ser considerados pais do violoncelo, na medida em que são instrumentos de corda friccionada por um arco, emitindo som semelhante. É o caso do Ravanastron, instrumento criado no Ceilão há 5000 anos atrás, e que ainda hoje pode ser encontrado em versões usadas por monges budistas. É um instrumento menor que o cello atual, com caixa de formato retangular.

O nome violoncelo parece ter se firmado por volta de 1680 a partir do termo violoncino, um diminuto de violone , como era conhecido o precursor do cello ainda no Séc. XVII. Dentre todos os instrumentos da orquestra o violoncelo é o que guarda mais similitude com a voz humana, cobrindo desde o Baixo até o Contralto, em uma extensão de quase 4 oitavas.